A assessoria do prefeito eleito de Andradina, Mário Celso Lopes, informou hoje (24) que ele se encontra em Barretos/SP, onde mantém uma intensa agenda de reuniões técnicas com o dr. Henrique Prata – idealizador e fundador do maior centro de tratamento contra o Câncer na América Latina. O objetivo do encontro, é iniciar estudo de viabilidade para a implantação de uma unidade do Hospital de Amor na “Terra do Rei do Gado”.
Se a proposta em estudo se concretizar, Andradina passará a integrar o complexo institucional do HA, que possui unidades descentralizadas de prevenção, tratamento e reabilitação em várias cidades e Estados brasileiros, facilitando o acesso de milhares de habitantes do Extremo Oeste Paulista.
De acordo com Mário Celso, este é um dos principais projetos paralelos ligados ao Masterplan de Desenvolvimento para Andradina, que pretende revolucionar o atendimento em Saúde não só do município, mas em toda a região.
“Atualmente os pacientes mesmo debilitados, enfrentam longas viagens tanto para Barretos quanto para outras cidades como Jales, Barretos e Jaú, de maneira desumana. Esta é uma realidade que, se depender de nós, irá acabar o mais breve possível. Hoje estivemos com o dr. Henrique Prata e conversamos sobre os detalhes da implantação de um Hospital de Amor para nossa população. Queremos garantir mais qualidade de vida e dignidade, até por que se trata de uma questão de respeito a essas pessoas”, comentou.
HENRIQUE PRATA E O HOSPITAL DO AMOR
Henrique Prata ganhou fama de gestor habilidoso depois de tornar referência o antigo Hospital do Câncer de Barretos, a maior instituição oncológica do Brasil. O agora Hospital de Amor foi o primeiro a se valer de inteligência artificial em testes de câncer e a oferecer a milionária imunoterapia a pacientes do SUS. Em 2018, ficou no topo de um ranking de instituições dedicadas à pesquisa, à frente do próprio Ministério da Saúde (8º) e de referências como o Albert Einstein (14º), o Hospital das Clínicas da USP (16º) e o Sírio-Libanês (19º), todos em São Paulo.
Inicialmente o hospital era administrado por seu pai, o médico Paulo Prata, o hospital filantrópico esteve à beira da falência quando, em 1989, aos 37 anos, o filho assumiu a administração e o transformou em “case de sucesso”, um termo que ele adora repetir. Por 28 anos, ganhou fama como Hospital do Câncer de Barretos e teve unidades inauguradas em três regiões do Brasil até que, em 2017, foi rebatizado pelo publicitário Washington Olivetto.
A HISTÓRIA
Na década de 1960, o único centro especializado para tratamento de câncer situava-se na capital do estado de São Paulo e os pacientes que apareciam no Hospital São Judas de Barretos com a doença, eram, em sua maioria, previdenciários de baixa renda, com alto índice de analfabetismo. Por isso, tinham dificuldades de buscar tratamento na capital, por falta de recursos, receio das grandes cidades, além da imprevisibilidade de vaga para internação.
Em 27 de novembro de 1967, foi instituída a Fundação Pio XII e, conforme memorando 234, de 21 de maio de 1968, assinado pelo Dr. Décio Pacheco Pedroso, diretor do INPS, passou a atender pacientes portadores de câncer.
Este pequeno Hospital contava com apenas quatro médicos: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel Gonçalves e Dr. Domingos Boldrini. Eles trabalhavam em tempo integral, dedicação exclusiva, caixa único e tratamento personalizado. Filosofia de trabalho que promoveu o crescimento da Instituição.
Devido à grande demanda de pacientes e ao velho e pequeno hospital não comportar todo crescimento, o Dr. Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo Hospital que pudesse responder às crescentes necessidades.
No ano de 1989, Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraça a ideia do pai e com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região realiza mais uma parte do projeto. O pavilhão Antenor Duarte Villela, onde, hoje, funciona uma parte dos ambulatórios do novo hospital, é inaugurado em 6 de dezembro de 1991.
Dando sequência ao projeto, que vem ganhando grandes proporções com a ajuda da comunidade, de artistas, da iniciativa privada e com a participação financeira governamental, outras áreas do hospital estão sendo construídas para atender, gratuitamente, os pacientes com câncer que chegam até nós.
Uma maneira que o hospital encontrou de homenagear estas pessoas que contribuem com esta causa é colocar nos pavilhões os nomes dos artistas.
Em novembro de 2017, a instituição assumiu como nome o apelido pelo qual já era conhecido entre seus pacientes, familiares, médicos e parceiros, passando a se chamar “Hospital de Amor”.
A entidade busca a excelência no atendimento médico hospitalar, através de ações humanizadoras, constante aperfeiçoamento técnico e profissional, divulgação científica do ensino e pesquisa, o que nos permite absorver a crescente demanda e com isso realizar o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.