Com a extensão da quarentena até 14 de julho e a inclusão de toda região de Araçatuba na fase vermelha, rotina nas cidades torna-se mais rígida para cerca de 800 mil habitantes
O Governador João Doria anunciou nesta manhã de sexta-feira (26) a quarta atualização do painel de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, com extensão da quarentena até o dia 14 de julho. O avanço acelerado da pandemia no interior deixa nove regiões na fase vermelha de restrição total de atividades não essenciais, incluindo Araçatuba e todas as 43 cidades que compõem sua região administrativa de governo.
No ‘pacote’ de municípios da região atingidos pela nova classificação, está, inclusive, Nova Independência que figura entre as raras cidades do Estado ainda sem nenhum caso positivo confirmado. Castilho também está nesta lista, conforme já havia sido alertado no início desta semana pelo presidente do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Covid-19, jornalista Sidnei Ferreira.
Em contrapartida, a avaliação do Governo registrou melhora de índices em parte da Grande São Paulo, permitindo que a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra, avancem à fase amarela. Com essa melhora, o atendimento presencial restrito em bares, restaurantes e salões de beleza volta a ser autorizado nestas áreas.
Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do interior e litoral, permanece a fase laranja, com reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.
“O sexto período da quarentena começa no dia 29 de junho e vai até 14 de julho. Estamos completando 100 dias de quarentena em 1º de julho. E o novo mapa do Plano São Paulo continua sendo uma ferramenta técnica muito importante para planejamento e execução de todo o combate à pandemia no estado”, afirmou Doria. “O Plano SP completa 30 dias na próxima terça (30) e vem seguindo seu curso com sucesso e credibilidade”, acrescentou.
QUEM CAIU E QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS
As regiões que estão na fase vermelha são as dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de ARAÇATUBA, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba. Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.
Na fase amarela, a flexibilização prevê abertura limitada a 40% da capacidade de todos os setores previstos na laranja e seis horas de expediente, além da retomada controlada e parcial de atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes – o consumo local só será liberado em áreas arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Plano SP.
COMPORTAMENTO DA PANDEMIA
Segundo o status dos indicadores do Plano São Paulo nesta quarta atualização, a capacidade hospitalar para atendimento a pacientes graves de COVID-19 é satisfatória em praticamente todas as regiões do estado. Porém, o aumento no número de casos na maior parte do interior provocou o regresso à restrição total em praticamente metade do território estadual.
Na média estadual apurada a cada sete dias e fechada na última quarta (24), os casos de infectados por coronavírus subiu 35%, enquanto que a taxa de internações caiu 2%. A taxa semanal de mortes por COVID-19 subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada.
Em números absolutos, o mês de junho até hoje (dia 26), registrou 138.889 novos casos em relação a maio, que teve 81 mil infecções confirmadas no período. Já as internações de junho somaram 46,092, com queda em relação ao total de 46.735 do mês anterior. As mortes por COVID-19 em junho vitimaram 6.144 pessoas no estado, ante 5.240 em maio.
Segue a apresentação do Plano SP
https://www.saopaulo.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/4-balanco-planoSP-26062020.pdf.