Um relatório divulgado recentemente aponta o excesso de substâncias com potencial cancerígeno na água que sai da torneira de diversas cidades do país, entre ela Andradina e Castilho, todo o estudo pode ser visto no site https://mapadaagua.reporterbrasil.org.br/
Detecções ACIMA DO LIMITE DE SEGURANÇA na água de Castilho (SP) entre 2018 e 2020:
Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:
Cromo (Substâncias Inorgânicas)
O cromo VI é classificado como cancerígeno para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Há diversas formas de crômo na água, os mais comuns são os são crômo II, III e VI. O crômo é utilizado principalmente na fabricação de ligas metálicas e estruturas da construção civil. Os seus compostos possuem diversos usos industriais, como tratamento de couro, preservante de madeira e na fabricação de tintas e pigmentos.
Nitrato (como N) (Substâncias Inorgânicas)
O nitrato é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. O nitrato e seus compostos são utilizados na fabricação de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos e pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos vasodilatadores.
Todas as substâncias químicas e radioativas listadas nesta página oferecem risco à saúde se estiverem acima da concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. Elas foram detectadas ao menos uma vez na água que abastece este município entre 2018 e 2020.
Quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo. Nesses casos, as instituições de abastecimento deveriam informar a população sobre o problema, assim como sobre as medidas tomadas para resolvê-lo. Leia mais nas reportagens do especial Mapa da Água.
Para facilitar o entendimento sobre os riscos dos casos de contaminação, a Repórter Brasil criou uma divisão entre as substâncias, separando-as em dois grupos de periculosidade:
As “substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer” são as que têm maior evidência de risco à saúde. Elas são listadas como “reconhecidamente” ou “provavelmente” cancerígenas, disruptoras endócrinas (que desencadeiam problemas hormonais) ou causadoras de mutação genética. Essas classificações de risco são da Organização Mundial da Saúde ou das agências regulatórias da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália (links na descrição de cada substância).
Já o segundo grupo “substâncias que geram riscos à saúde” reúne todas as outras que também oferecem risco, segundo a literatura internacional e o Ministério da Saúde. Entre elas estão as “possivelmente” cancerígenas”, além das que podem causar doenças renais, cardíacas, respiratórias e alteração no sistema nervoso central e periférico.
Os critérios para fixar os limites de segurança para cada substância na água são do Ministério da Saúde, assim como a lista de substâncias que devem ser testadas na água de 2 a 4 vezes por ano.
O que diz a empresa responsável pelo abastecimento:
Em relação à pesquisa citada pela reportagem, as concessionárias informam que o abastecimento de água no município de Andradina é realizado conforme definido na Portaria GM/MS n° 888, de 4 de maio de 2021, seguindo os procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e atendendo ao padrão de potabilidade estabelecido na normativa.
No período de 2018 a 2020 foram realizadas em média, por mês, mais de 3 mil análises de monitoramento da água tratada e distribuída em Andradina, em conformidade com o que preconiza a legislação estadual e federal que versam sobre a potabilidade de água.
O monitoramento realizado ao longo do ano de 2021 contou com a execução de 3150 em Andradina, por mês, de análises da água tratada e distribuída nos municípios para garantir a qualidade e potabilidade segundo o Ministério da Saúde.