Por conta da tentativa de invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (15), a apuração dos votos de praticamente todas as cidades do interior paulista atrasou consideravelmente e muitos eleitores acabaram dormindo antes de ver a lista final dos votos atribuídos a cada um dos mais de 170 candidatos a vereador por Castilho.
Por isso, disponibilizamos ao final desta reportagem, uma relação completa com os votos atribuídos pelos eleitores a cada um destes candidatos. A recomendação é que vocês “baixem” a imagem para o seu computador ou celular e amplie a imagem na tela até que ela fique totalmente legível, pois o arquivo é grande.
Apesar do atraso, 100% das urnas foram totalizadas pela Justiça Eleitoral por volta das 23h20 da noite de ontem (15), apresentando algumas boas e outras más notícias para os castilhenses. A principal má notícia foi abordada em reportagem especial do jornalista Ygor Andrade e publicada hoje (16) pelo Grupo Portal (clique aqui para ler a reportagem), falando sobre a quantidade assombrosa de eleitores que invalidaram seus votos neste pleito.
A segunda foi a que mais ocupou o tempo da maioria dos jornalistas de nossa região: a definição de quais serão os 11 ocupantes reais das cadeiras legislativas de Castilho nos próximos 04 anos. De acordo com a lista “oficial” obtida por Roni Willer, parceiro do Grupo Portal na cobertura regional das eleições deste ano, estes que se seguem serão os próximos integrantes da Câmara:
Porém, entre os jornalistas, ficou uma dúvida muito grande em relação à permanência do vereador Daniel Batista entre os eleitos. Por quê? Para entender o nosso raciocínio você precisa saber como são definidos os vereadores da próxima gestão.
Entenda o Cálculo de Q.E. e Q.P.
Primeiramente, é preciso contabilizar os votos individuais que cada um deles recebeu nas 41 urnas de votação disponibilizadas em Castilho. Feito isso, divide-se o número total de votos válidos (11.815) pelo número de cadeiras disponíveis na Câmara (11). O resultado desta divisão (1.074) é o chamado coeficiente eleitoral (Q.E.) e ele é a peça-chave para definir quem são os eleitos.
O passo seguinte é contabilizar quantos votos foram conquistados por cada legenda partidária. Nesta conta entram os votos de cada vereador da legenda, indiferente se ele tenha obtido apenas 03 ou 1.000 votos, por exemplo. O resultado desta conta (conhecida como coeficiente partidário – Q.P.) em Castilho, ficou assim:
Agora, basta dividir o coeficiente eleitoral pela quantidade de votos atribuída a cada legenda partidária, para obtermos o coeficiente partidário. De acordo com a lista acima, apenas os 05 primeiros partidos (PSDB, Republicanos, Podemos, DEM e PDT) atingiram a quantidade mínima de votos necessários para garantir suas vagas na Câmara.
Deste modo, apenas o vereador mais bem votado de cada um destes partidos fica com a vaga garantida. A parte um pouco mais complicada do cálculo vem logo após esta definição das cadeiras primárias que atingiram o coeficiente eleitoral. De acordo com a regra, o vereador mais votado é sempre o “puxado” pelo coeficiente partidário. Isso é o que chamamos de “sobra” e para calculá-la, você deve dividir novamente o total de votos do partido pelo coeficiente eleitoral e somar “+1”.
Feito isso, você está pronto pra seguir em frente com a lista dos mais votados no pleito, atribuindo as cadeiras restantes, explicando então, porque os vereadores Daniel (Republicanos) e João Lameu (PSDB) também conquistaram suas cadeiras conforme a relação oficial disponibilizada pelo TSE e que publicamos abaixo:
Conseguiu entender? Concorda com esta regra? Dê a sua opinião! E não deixe de consultar a lista completa com cada voto atribuído aos candidatos a vereador pelos eleitores castilhenses:
